terça-feira, 30 de novembro de 2010
AMAZÔNIA, Só nossa....
Essa merece ser lida, afinal não é todo dia que um brasileiro dá um esculacho educadíssimo nos americanos!
Durante debate em uma universidade, nos Estados Unidos,o ex-governador do DF, ex-ministro da educação e atual senador CRISTÓVAM BUARQUE, foi questionado sobre o que pensava da internacionalização da Amazônia.
O jovem americano introduziu sua pergunta dizendo que esperava a resposta de um Humanista e não de um brasileiro.
Esta foi a resposta do Sr.Cristóvam Buarque:
"De fato, como brasileiro eu simplesmente falaria contra a internacionalização da Amazônia. Por mais que nossos governos não tenham o devido cuidado com esse patrimônio, ele é nosso.
"Como humanista, sentindo o risco da degradação ambiental que sofre a Amazônia, posso imaginar a sua internacionalização, como também de tudo o mais que tem importância para a humanidade.
"Se a Amazônia, sob uma ética humanista, deve ser internacionalizada, internacionalizemos também as reservas de petróleo do mundo inteiro.O petróleo é tão importante para o bem-estar da humanidade quanto a Amazônia para o nosso futuro. Apesar disso, os donos das reservas sentem-se no direito de aumentar ou
diminuir a extração de petróleo e subir ou não o seu preço."
"Da mesma forma, o capital financeiro dos países ricos deveria ser internacionalizado. Se a Amazônia é uma reserva para todos os seres humanos, ela não pode ser queimada pela vontade de um dono, ou de um país.
Queimar a Amazônia é tão grave quanto o desemprego provocado pelas decisões arbitrárias dos especuladores globais. Não podemos deixar que as reservas financeiras sirvam para queimar países inteiros na volúpia da especulação.
"Antes mesmo da Amazônia, eu gostaria de ver a internacionalização de todos os grandes museus do mundo. O Louvre não deve pertencer apenas à França.
Cada museu do mundo é guardião das mais belas peças produzidas pelo gênio humano. Não se pode deixar esse patrimônio cultural, como o patrimônio natural Amazônico, seja manipulado e instruído pelo gosto de um proprietário ou de um país. Não faz muito, um milionário japonês,decidiu enterrar com ele, um quadro de
um grande mestre. Antes disso, aquele quadro deveria ter sido internacionalizado.
"Durante este encontro, as Nações Unidas estão realizando o Fórum do Milênio, mas alguns presidentes de países tiveram dificuldades em comparecer por constrangimentos na fronteira dos EUA. Por isso, eu acho que Nova York, como sede das Nações Unidas, deve ser internacionalizada. Pelo menos Manhattan deveria pertencer a toda a humanidade. Assim como Paris, Veneza, Roma, Londres, Rio de Janeiro, Brasília, Recife, cada cidade, com sua beleza específica, sua historia do mundo, deveria pertencer ao mundo inteiro.
"Se os EUA querem internacionalizar a Amazônia, pelo risco de deixá-la nas mãos de brasileiros, internacionalizemos todos os arsenais nucleares dos EUA. Até porque eles já demonstraram que são capazes de usar essas armas, provocando uma destruição milhares de vezes maiores do que as lamentáveis queimadas feitas nas florestas do Brasil.
"Defendo a idéia de internacionalizar as reservas florestais do mundo em troca da dívida. Comecemos usando essa dívida para garantir que cada criança do Mundo tenha possibilidade de COMER e de ir à escola.
Internacionalizemos as crianças tratando-as, todas elas, não importando o país onde nasceram, como patrimônio que merece cuidados do mundo inteiro.
"Como humanista, aceito defender a internacionalização do mundo.
Mas, enquanto o mundo me tratar como brasileiro, lutarei para que a Amazônia
seja nossa. Só nossa!
DIZEM QUE ESTA MATÉRIA NÃO FOI PUBLICADA, POR RAZÕES ÓBVIAS. AJUDE A
DIVULGÁ-LA, SE POSSÍVEL FAÇA TRADUÇÃO PARA OUTRAS LÍNGUAS QUE DOMINAR.
domingo, 24 de outubro de 2010
Alongamento e flexibilidade
O alongamento pode ser realizado com diversos objetivos, mas os principais são a preparação do músculo para o exercício e o aumento da flexibilidade. O uso do alongamento como meio de preparação para o exercício, incluindo sua influência no desempenho e na incidência de lesões foi abordado anteriormente. No presente texto, serão tratados os aspectos relacionados ao seu uso com a finalidade de aumentar a amplitude de movimento e flexibilidade.
Um primeiro aspecto as ser tratado é a duração do estímulo, a primeira dúvida seria qual o tempo de alongamento necessário para produzir os melhores ganhos? Diversos profissionais usam tempos que variam de poucos segundos a vários minutos, mas quase sempre o tempo é escolhido com base no senso comum ou reproduzindo comportamentos anteriores. Mesmo em aulas e palestras, poucas evidências científicas são mostradas. Inclusive, é comum se falar que o tempo de 10 a 15 segundos seria o mais eficiente para produzir os resultados desejados, apesar da literatura não apontar isso.
Com relação ao tema, em um estudo da década de 1990, Bandy & Irion (1994) analisaram os efeitos do tempo de alongamento nos ganhos de flexibilidade dos posteriores de coxa. No estudo de seis semanas, 57 jovens com encurtamento nos posteriores de coxa foram divididos em quatro grupos. Três deles realizaram alongamentos 5 x semana com tempos variáveis (15, 30 ou 60 segundos) e o outro grupo não realizou alongamento. De acordo com as avaliações, os piores resultados foram obtidos pelo grupo que alongou por 15 segundos, mas não havia diferença entre alongar por 30 ou 60 segundos, indicando que o tempo de 30 segundos seria suficiente para promover os melhores resultados. Posteriormente, Feland et al. (2001) realizaram um estudo similar em idosos e verificaram que havia melhores resultados com 60 segundos, seguidos por 30 e 15 segundos.
Bandy et al. (1997) conduziram um estudo em jovens para avaliar, além dos efeitos do tempo, os efeitos da freqüência do alongamento nos ganhos de flexibilidade. No estudo de seis semanas, os 93 participantes foram divididos em um grupo controle e quatro grupos que realizaram alongamentos: uma série de 30 segundos, três séries de 30 segundos, uma série de 60 segundos e três séries de 60 segundos. De acordo com os resultados, todos os grupos obtiveram os mesmos resultados, ou seja, o aumento do tempo ou da quantidade de séries não alterou os resultados. A partir deste e outros estudos, vemos que uma série de 30 segundos de alongamento estáticos é o suficiente para produzir os resultados desejados em pessoas jovens. Já em idosos, o tempo pode ser aumentado.
Outra discussão bastante presente é a forma como o alongamento é realizado, qual seria a melhor maneira de se alongar? Existe a possibilidade de fazê-lo de maneira estática, como nos estudos citados anteriormente, de maneira dinâmica e com métodos específicos com é o caso da facilitação neuromuscular proprioceptiva (FNP). A facilitação neuromuscular proprioceptiva envolve a combinação de contrações isométricas e alongamentos passivos, utilizando a estimulação dos proprioceptores para aumentar a amplitude articular. Nesse método, o músculo a ser alongando é contraído intensamente de forma isométrica e, após a contração, a musculatura é relaxada e é realizado alongamento com aplicação de uma força externa. O método foi desenvolvido entre as décadas de 1940 e 1950 e muitos profissionais e atletas acreditam que este seja o método mais eficiente de se promover ganhos na flexibilidade em longo prazo.
Apesar da crença em um efeito superior, muitos estudos não corroboram essa idéia. Pesquisadores da Universidade de West Virignia compararam os efeitos do alongamento estático, do alongamento ativo e da FNP nos ganhos de flexibilidade de homens jovens. Os treinos foram realizados três vezes por semana, por quatro semanas. De acordo com as análises, os melhores resultados foram obtidos pelo alongamento passivo, indicando que apenas uma série de 30 segundos de alongamentos estáticos é suficiente para promover ganhos de flexibilidade em homens jovens (Davis et al., 2005). Outros estudos também não encontraram diferenças nos resultados obtidos pelos alongamentos estáticos e pela FNP (Yuktasir & Kaya, 2009; Godges et al., 1989), apesar de haver resultados favorecendo o FNP (Etnyre & Abraham, 1986).
Com relação ao alongamento ativo, Winters et al. (2004) compararam os efeitos do alongamento passivo e ativo na flexibilidade dos extensores de quadril de jovens e verificaram que os dois tipos de alongamento produzem resultados similares após seis semanas de treino. Portanto, quando se analisa os ganhos de flexibilidade em longo prazo, a literatura não aponta vantagens entre as diferentes formas de se realizar alongamento.
Deste modo, a partir dos estudos encontrados, pode-se concluir que uma série de 30 segundos de alongamentos passivos seja suficiente para se promover os melhores ganhos de flexibilidade em pessoas jovens; e é importante se ter em mente que tempos menores que 30 segundos tem consistentemente demonstrado produzir piores resultados. Isso não quer dizer, no entanto, que maiores tempos ou outros métodos de treinamento não possam ser usados dentro de um programa como forma de motivas o aluno e variar o tipo de estímulo. Com relação ao tipo de alongamento, os diferentes métodos não parecem diferir em termos de resultados, portanto o tipo de alongamento deverá ser escolhido de acordo com a preferência do aluno e, principalmente, de acordo com a atividade normalmente realizada.
fonte: Prof. Paulo Gentil
Um primeiro aspecto as ser tratado é a duração do estímulo, a primeira dúvida seria qual o tempo de alongamento necessário para produzir os melhores ganhos? Diversos profissionais usam tempos que variam de poucos segundos a vários minutos, mas quase sempre o tempo é escolhido com base no senso comum ou reproduzindo comportamentos anteriores. Mesmo em aulas e palestras, poucas evidências científicas são mostradas. Inclusive, é comum se falar que o tempo de 10 a 15 segundos seria o mais eficiente para produzir os resultados desejados, apesar da literatura não apontar isso.
Com relação ao tema, em um estudo da década de 1990, Bandy & Irion (1994) analisaram os efeitos do tempo de alongamento nos ganhos de flexibilidade dos posteriores de coxa. No estudo de seis semanas, 57 jovens com encurtamento nos posteriores de coxa foram divididos em quatro grupos. Três deles realizaram alongamentos 5 x semana com tempos variáveis (15, 30 ou 60 segundos) e o outro grupo não realizou alongamento. De acordo com as avaliações, os piores resultados foram obtidos pelo grupo que alongou por 15 segundos, mas não havia diferença entre alongar por 30 ou 60 segundos, indicando que o tempo de 30 segundos seria suficiente para promover os melhores resultados. Posteriormente, Feland et al. (2001) realizaram um estudo similar em idosos e verificaram que havia melhores resultados com 60 segundos, seguidos por 30 e 15 segundos.
Bandy et al. (1997) conduziram um estudo em jovens para avaliar, além dos efeitos do tempo, os efeitos da freqüência do alongamento nos ganhos de flexibilidade. No estudo de seis semanas, os 93 participantes foram divididos em um grupo controle e quatro grupos que realizaram alongamentos: uma série de 30 segundos, três séries de 30 segundos, uma série de 60 segundos e três séries de 60 segundos. De acordo com os resultados, todos os grupos obtiveram os mesmos resultados, ou seja, o aumento do tempo ou da quantidade de séries não alterou os resultados. A partir deste e outros estudos, vemos que uma série de 30 segundos de alongamento estáticos é o suficiente para produzir os resultados desejados em pessoas jovens. Já em idosos, o tempo pode ser aumentado.
Outra discussão bastante presente é a forma como o alongamento é realizado, qual seria a melhor maneira de se alongar? Existe a possibilidade de fazê-lo de maneira estática, como nos estudos citados anteriormente, de maneira dinâmica e com métodos específicos com é o caso da facilitação neuromuscular proprioceptiva (FNP). A facilitação neuromuscular proprioceptiva envolve a combinação de contrações isométricas e alongamentos passivos, utilizando a estimulação dos proprioceptores para aumentar a amplitude articular. Nesse método, o músculo a ser alongando é contraído intensamente de forma isométrica e, após a contração, a musculatura é relaxada e é realizado alongamento com aplicação de uma força externa. O método foi desenvolvido entre as décadas de 1940 e 1950 e muitos profissionais e atletas acreditam que este seja o método mais eficiente de se promover ganhos na flexibilidade em longo prazo.
Apesar da crença em um efeito superior, muitos estudos não corroboram essa idéia. Pesquisadores da Universidade de West Virignia compararam os efeitos do alongamento estático, do alongamento ativo e da FNP nos ganhos de flexibilidade de homens jovens. Os treinos foram realizados três vezes por semana, por quatro semanas. De acordo com as análises, os melhores resultados foram obtidos pelo alongamento passivo, indicando que apenas uma série de 30 segundos de alongamentos estáticos é suficiente para promover ganhos de flexibilidade em homens jovens (Davis et al., 2005). Outros estudos também não encontraram diferenças nos resultados obtidos pelos alongamentos estáticos e pela FNP (Yuktasir & Kaya, 2009; Godges et al., 1989), apesar de haver resultados favorecendo o FNP (Etnyre & Abraham, 1986).
Com relação ao alongamento ativo, Winters et al. (2004) compararam os efeitos do alongamento passivo e ativo na flexibilidade dos extensores de quadril de jovens e verificaram que os dois tipos de alongamento produzem resultados similares após seis semanas de treino. Portanto, quando se analisa os ganhos de flexibilidade em longo prazo, a literatura não aponta vantagens entre as diferentes formas de se realizar alongamento.
Deste modo, a partir dos estudos encontrados, pode-se concluir que uma série de 30 segundos de alongamentos passivos seja suficiente para se promover os melhores ganhos de flexibilidade em pessoas jovens; e é importante se ter em mente que tempos menores que 30 segundos tem consistentemente demonstrado produzir piores resultados. Isso não quer dizer, no entanto, que maiores tempos ou outros métodos de treinamento não possam ser usados dentro de um programa como forma de motivas o aluno e variar o tipo de estímulo. Com relação ao tipo de alongamento, os diferentes métodos não parecem diferir em termos de resultados, portanto o tipo de alongamento deverá ser escolhido de acordo com a preferência do aluno e, principalmente, de acordo com a atividade normalmente realizada.
fonte: Prof. Paulo Gentil
sexta-feira, 15 de outubro de 2010
quarta-feira, 6 de outubro de 2010
Hipertrofia muscular
Hipertrofia Muscular
O processo de hipertrofia tem sua origem em um princípio básico dos organismos vivos: a auto-organização, conforme definido por Capra (2001). Ao afastarmos nosso organismo do equilíbrio ele reage por intermédio de reações complexas para alcançar novamente o equilíbrio. Por vezes, estas reações levam ao surgimento de uma nova configuração na qual o organismo estará mais apto a superar desafios semelhantes.
No processo de ganho de massa muscular, os estímulos que afastariam o sistema do equilíbrio poderiam ser causados pelo treinamento de força que em princípio quebraria a homeostase e logo em seguida proporcionaria um novo estado de equilíbrio, isto é, uma musculatura maior, mais forte e mais resistente às lesões, em decorrência justamente das adaptações do organismo ao treinamento. Os princípios que envolvem a hipertrofia estão em diversos elementos e poderiam ser facilmente descritos por intermédio de frases como “aquilo que não me mata me faz mais forte” do filósofo alemão Nietsche, ou os ditos populares “o que não mata, engorda” e, até mesmo, “o trabalho dignifica o homem”.
Na verdade, o que todas estas frases significam é que os sistemas podem se adaptar às adversidades tornando-se mais capazes de suportar estresses similares no futuro. Segundo o Pequeno Dicionário da Língua Portuguesa, de Aurélio Buarque de Hollanda, hipertrofia é o “aumento volumétrico de um órgão ou parte do organismo, devido ao aumento volumétrico de seus componentes constitutivos”. Aplicando à nossa realidade, podemos afirmar que a hipertrofia muscular é o crescimento do músculo por intermédio do aumento do tamanho de suas fibras. O músculo é composto basicamente de água (75%) e o principal componente orgânico é a proteína (20%).
Sabendo da fundamental importância das proteínas, sua formação e manutenção adquirem um papel primordial no ganho de massa muscular. Em nosso corpo há dois processos constantes, um de construção e outro de degradação dos tecidos, chamados anabolismo e catabolismo respectivamente, e é justamente o resultado do saldo desses processos que determinará a estrutura muscular em um determinado momento. Quando há mais degradação do que construção tecidual, ocorre perda de massa muscular; quando o anabolismo supera o catabolismo, há um aumento do volume dos músculos.
Este processo contínuo de construção e degradação é chamado remodelagem e ocorre de forma relativamente rápida. Guyton e Hall (2003), sugerem que as proteínas contráteis dos músculos pequenos podem ser totalmente substituídas no prazo de até duas semanas. Entretanto, para que o anabolismo supere o catabolismo, os músculos devem receber constantemente estímulos que favoreçam o aumento da massa muscular.
Neste sentido, os exercícios com sobrecarga e uma dieta que forneça os nutrientes necessários devem ser realizados continuamente. Da mesma forma que o treinamento de força pode causar hipertrofia, a falta dele leva a perda de massa muscular. O nosso organismo sempre fará o possível para gastar menos energia, então se o corpo detectar que não precisa de um músculo mais desenvolvido, que conseqüentemente gasta mais energia, ocorrerá a perda de massa muscular até o ponto em que manteremos apenas a quantidade de músculo necessária para as atividades que realizamos. Tendo em vista que as atividades modernas têm uma reduzida exigência neuromuscular, é praticamente inevitável isso ocorra.
Treinamento de hipertrofia Apesar do treinamento de força ser cercado de mitos e estereótipos, a ciência mostra o quanto a sua prescrição é complexa e dependente de vários fatores, tais como: intervalo de descanso entre as séries, intervalo entre os treinos, intensidade, número de séries e repetições, velocidade, forma de execução dos exercícios, métodos utilizados e planejamento. Além disso, é muito importante que a estruturação do treino seja ajustada e modificada continuamente com estímulos específicos capazes de favorecer a hipertrofia muscular.
Por isso a participação de um professor de educação física especializado é fundamental, pois comumente encontramos pessoas que praticam musculação há anos e não conseguiram bons resultados. O problema com a maioria dos treinos se resume em treinar muito com pouca ou nenhuma qualidade. Para solucionar esse problema propomos preocupar-se mais com o “como” fazer, do que com o “quanto” fazer. Esta preocupação qualitativa acaba por reduzir a importância de alguns fatores que antes eram supervalorizados como a quantidade de horas que se passa na academia e a quantidade de peso que se levanta em um exercício.
Também deve ser considerado um dos principais fatores que levam as pessoas à não praticar atividades físicas: a falta de tempo. Se levarmos em conta que treinos extensos são menos eficientes, parece contraditório que muitas pessoas insistam em treinos excessivamente longos, passando horas nas academias, tendo em vista que será mais difícil manter a assiduidade com um programa deste tipo e os resultados serão inferiores a programas melhores planejados.
É importante frisar que um dos maiores problemas na ciência do treinamento de força está em estabelecer a quantidade ideal de treino, sempre ouvimos perguntas como: “quantos exercícios devo fazer?” ou “quanto tempo devo passar na academia?”. Invariavelmente a resposta é: “depende”. Apesar de ser impossível estabelecer a série ideal para todas as pessoas em termos quantitativos e qualitativos pode-se ter certeza que o problema com o treino da maioria das pessoas é que elas simplesmente exageram na quantidade e pecam na qualidade.
Atualmente os treinadores mais conscientes e estudiosos manipulam as varáveis de modo que em poucos minutos é fornecido um estímulo eficiente para que a adaptação desejada ocorra. Artigos publicados por Kraemer em 2002, Pollock em 1998 e vários outros pesquisadores mostram que alunos iniciantes obtêm excelentes resultados com apenas uma série, direcionada para os principais grupamentos musculares, repetidas três vezes por semana. A musculação possui inúmeros métodos e diversas formas de controlar as variáveis, dentre todas elas, a última que deve ser usada é o aumento do número de séries e exercícios. Antes disso deve-se sempre tentar melhorar a qualidade do treino. Estes dados estão reforçados no livro específico sobre o tema “Bases Científicas do Treinamento de Hipertrofia”, do Mestre Paulo Gentil, o qual também apresenta uma nova proposta para elaboração de treinos mais eficientes e com menor exigência de tempo.
Um profissional qualificado saberá como e quando usar a estratégia correta para potencializar os resultados. Não podemos esquecer de alertar sobre o mito de que a musculação causa lesões, diversos estudos comprovam que esta atividade é extremamente segura, para homens e mulheres de todas as idades, inclusive para pessoas idosas e frágeis (Fiatarone, 1994). É muito comum a busca por informações em locais inadequados onde se encontra conteúdos cientificamente pobres, embasados em teorias medíocres ou mesmo no senso comum. Não será em algum website, revista ou livro de auto-ajuda que encontraremos a melhor informação, cada treino deve ser feito por um profissional especializado. Cada pessoa tem suas particularidades, que devem ser respeitadas para que haja eficiência no treinamento.
Fonte:
GEASE - Grupo de Estudos Avançados em Saúde e Exercício
sexta-feira, 10 de setembro de 2010
Musculação e terceira idade
No momento atual, com toda a evolução da ciência do treinamento físico, sabe-se que o treinamento de força é o melhor meio para obter músculos maiores e mais fortes. Os músculos são motores vitais para o ótimo desenvolvimento do corpo humano. Infelizmente, com o passar dos anos, o processo de envelhecimento faz com que os músculos percam tamanho e força, acarretando ao indivíduo uma piora na qualidade de vida e vários problemas degenerativos. Cada vez mais, o treinamento com pesos está se tornando popular entre as pessoas idosas, principalmente por ser reconhecido pela medicina os efeitos benéficos que o trabalho contra resistência pode propiciar.
Hoje, a musculação está sendo prescrita por médicos que antes apenas sugeriam caminhadas para a manutenção do condicionamento geral e emagrecimento. Os benefícios do treino com pesos, em termos de saúde e qualidade de vida, igualam-se ou mesmo superam os obtidos pelos jovens, ou seja, nunca é tarde para iniciar um programa de musculação. Também já se sabe, que após os 30 anos, estima-se que a perda de força seja de 1% por ano até os 60 anos, de 15% por década entre os 60 e os 70 anos e, daí em diante, 30% por década (KRAEMER; FLECK; EVANS, 1996). Percebe-se, então, que, à medida que o indivíduo envelhece, vai gradualmente perdendo força, o que dificulta a execução das atividades diárias básicas, como subir escadas e levantar-se da cadeira (BRILL et al, 2000).
Totalmente relacionada à redução da força decorrente do envelhecimento está a perda de massa magra corporal. Obviamente, se o volume muscular diminui, a capacidade de produzir força também decrescerá. Estudos mostram que o treinamento de musculação aumenta a massa corporal magra e as fibras de contração, tanto rápidas quanto lentas, em idosos (KRAEMER; FLECK; EVANS, 1996). Sendo assim, o principal objetivo de um programa de treinamento com pesos para idosos deve ser a manutenção e até mesmo o aumento da massa corporal magra, para evitar alterações na força muscular e na taxa metabólica basal, além de conservar uma composição corporal saudável.
Um treinamento direcionado para uma pessoa idosa, deve manter todas as características de um treino para jovens, porém outros fatores devem ser considerados: a dificuldade na progressão, de acordo com o aumento do peso para certo número de repetições, deve ser feita de forma lenta e cautelosa; a diminuição dos períodos de descanso entre as séries e os exercícios, também devem ser de forma mais lenta e gradual; a presença de um professor de educação física supervisionando todos os passos do treino do idoso (principalmente corrigindo as execuções imperfeitas); controle da pressão arterial do idoso deve ser mensurado antes e durante o treino; na prescrição do treinamento com pesos, deve constar atividades cárdio-pulmonares e de relaxamento (alongamentos).
Enfim, a prática da musculação desde que seja realizada por profissional habilitado e capacitado, com aparelhagem nova, segura e biomecaânicamente bem ajustada, num espaço ventilado e bem iluminado, é sem dúvida, a mais eficiente, segura e confortável atividade física para as pessoas de Terceira Idade que procuram por melhor qualidade de vida.
Por que o idoso deve praticar musculação?
Abaixo estão conceitos fundamentados e convincentes que tornam a musculação recomendável para o melhor estilo de vida do idoso (Segundo WESTCOTT & BAECHLE, 2001):
• Manutenção do metabolismo;
• Ganho de tecido muscular;
• Manutenção da musculatura;
• Aumento do padrão metabólico;
• Redução da gordura corporal;
• Aumento da densidade óssea mineral;
• Melhoria do metabolismo da glicose;
• Aceleração da passagem de alimentos;
• Redução da pressão arterial;
• Melhoria dos lipídios sanguíneos;
• Conservação ou melhoria da saúde da região lombar;
• Redução da dor artrítica.
http://gerovida.blog.br/2008/07/25/musculacao-beneficios-do-treino-para-a-terceira-idade/
terça-feira, 7 de setembro de 2010
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